Sexta-feira da Paixão do Senhor


            Na sexta-feira da paixão, a igreja faz memória do sofrimento e da morte do Senhor. A liturgia da sexta-feira é composta por três partes: liturgia da palavra, adoração da cruz e o rito da comunhão. A celebração tem início com a procissão de entrada e a prostração dos ministros ordenados diante do altar, tudo em silêncio profundo, pois a melhor atitude as criatura diante da morte do Salvador, é calar e prostrar-se. Depois que os ministros ordenados se levantam, o presidente da celebração faz a oração e, logo em seguida, dá-se início a liturgia da palavra.
Na liturgia da palavra, nós ouvimos a profecia de Isaías, capítulo 53, que é um poema profético sobre o sofrimento d messias. Logo após, escutamos a leitura da carta aos Hebreus, capítulo 4, e a narrativa da Paixão do Senhor, segundo São João. Terminadas as leituras e a homilia, acontece a Oração Universal. Oração essa, em forma de preces, na sua primeira parte, propostas pelo diácono ou outro ministro e, após um momento de silêncio, o presidente da celebração conclui com a oração. Terminada a oração universal, inicia a segunda parte da celebração: a adoração da cruz. O diácono ou o sacerdote dirige-se para a porta da igreja, de onde sairá em direção ao presbitério dizendo por três vezes: “eis o lenho da cruz do qual pendeu a salvação do mundo”, e a assembléia responde igualmente, por três vezes e ajoelhando-se: “vinde, adoremos”.
Depois disso, a cruz é colocada sobre o altar e, um por um, vai beijá-la em sinal de adoração. Tendo todos beijado a cruz, dá-se início ao rito da comunhão, a partir do pai-nosso como de costume. Terminada a comunhão, o sacerdote diz a oração sobre o povo e todos saem em silêncio. Na sexta-feira da paixão, a humanidade sofre junto com o Cristo, pois se lembra que na noite anterior começou o seu sofrimento.
Uma ótima leitura para a meditação da paixão do Senhor é a leitura desse dia, tirada do livro do profeta Isaías, capítulo 53. Em uma parte do texto diz assim: “em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos” e em outra parte diz: “fomos curados graças às suas chagas”, para confirmar o grande amor que Deus tem por nós ao enviar seu único Filho, para tomar sobre si os nossos pecados, as nossas fraquezas, tudo o que nos afasta dele, e destruir tudo na cruz.

Escrito Por: ERANILTON

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